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Cássio sorri durante a última entrevista como jogador do Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag Corinthians |
Eu não posso deixar de escrever sobre um dos momentos mais tristes e dolorosos de 2024 antes que ele acabe.
Na tarde de sexta-feira, 17 de maio de 2024, meus olhos se encheram de lágrimas.
A notificação do Globo Esporte era bem clara: “Corinthians anuncia a saída do goleiro Cássio”.
Doeu.
E ainda dói.
Meu maior ídolo, o maior jogador, o cara.
Estava indo embora, talvez para sempre.
No meu íntimo, eu tinha fé de que seria como em 2016, quando o Cássio quase foi para a Turquia, mas desistiu e ficou, proporcionando mais alegrias a nós, torcedores.
Mas, como ser humano, eu também entendo.
Levei a pauta até para a minha psicóloga, para entendermos juntas a decisão dele.
Como doeu ver a forma como tudo foi conduzido.
Era o herói da nossa história recente, que não fez questão de uma última dança ou uma despedida digna do seu nível.
No sábado, dia 18, em sua coletiva de despedida, ver seu alívio foi libertador e doloroso ao mesmo tempo.
A fase do Corinthians não era mais responsabilidade dele.
Ele estava feliz, leve, da forma como eu sentia saudades de ver meu ídolo em entrevistas.
Todas as culpas caíam sobre seus ombros, e eu sei o quanto isso pesa.
Mas a torcedora que habita em mim esperava que nunca fosse pesar. Mas pesou.
Não consegui ver seu vídeo de despedida até hoje.
Tudo o que junta Cássio e Corinthians me emociona profundamente.
Para mim, em particular, foi como perder um elo com uma parte extremamente importante da minha própria história.
Dos 12 anos de Cássio no Corinthians, eu passei os doze sendo sua fã.
Ele é um símbolo, um marco.
Não só por ele, mas por tudo o que representou e representa para mim.
O vazio que eu sinto ao não ver mais o número 12 no gol é dilacerante.
Uma parte feliz da minha vida se foi diante dos meus olhos, e tudo o que eu pude fazer foi assistir.
Algum dia, poderei dizer ao Cássio tudo o que ele representa para mim, pessoalmente.
Desde maio, acompanho com saudades sua temporada no Cruzeiro, onde ele agora é o camisa 1.
Para mim, ele sempre será o Cássio, ponte para minhas memórias inesquecíveis e felicidades eternas.
Entendo com todo o meu coração que ele não poderia continuar no sofrimento que estava, mas, ainda assim, sinto falta dele.
Em novembro, Cássio voltou à Arena como jogador do Cruzeiro. Mesmo sem ser relacionado, assistiu ao jogo em um camarote, e eu, mais uma vez, me emocionei, relembrando tudo o que já vivemos.
E, recentemente, foram divulgados os maiores doadores da campanha para quitar a nossa Arena, e o nome de Cássio estava lá, como o 15º maior contribuidor.
Ele é frio, demonstra pouco suas emoções, mas eu tenho certeza de que ama a Fiel.
Assim como a Fiel, cada um a seu modo, também o ama.
Eu o amo abertamente e ainda carrego o desejo de ter seu autógrafo tatuado no meu corpo.
Eu te desejo felicidade e todas as conquistas que você possa ter.
Obrigada por tanto, e um dia ainda nos encontraremos.
Sonho em poder te dizer o quanto o admiro pessoalmente e te contar que você dá nome à minha calopsita, que completou dez anos este ano.
Agora ele é o pai do Felipe e da Malu, esposo da Janara, e para mim, sempre será o meu maior ídolo.
Cássio sempre fará parte da minha história.
E, como um verdadeiro Gigante, sempre será parte da história do Corinthians.
Obrigada por tudo, Gigante.
Eu sempre serei sua fã.
Escrito em 27 de dezembro de 2024.
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